31 maio 2007

Viciados em séries...

... Esta novidade é para vocês!
Chamaram-me a atenção para um site que tem temporadas inteiras de séries online!
Podem-se ver:
  • 24
  • 30 Rock
  • 3 Lbs.
  • CSI
  • CSI Miami
  • CSI NY
  • Desperate Housewifes
  • Family Guy
  • Grey's anatomy
  • Heroes
  • House
  • Lost
  • Nip / Tuck
  • One Tree Hill
  • Prison Break
  • Rome
  • Smallville
  • Supernatural
  • The 4400
  • The O.C.
  • The Office

O único inconveniente é terem que ser vistos no computador...

Ora espreitem lá: http://tv-video.net/

Quem é amiga, quem é?

27 maio 2007

Fim de semana em cheio





Palavras para quê?

Estupidez copiada!

Quem me conhece sabe (e muitos que não me conhecem também!) que raramente ouço rádio. Em casa podem-se contar pelos dedos das mãos as vezes por ano que ligo o rádio, e no carro também levo sempre os meus CDs a tocar em "altos berros" (sim, sim... shame on me! Só o faço sozinha. :oP) e nunca ouço rádio. Ultimamente tem havido muitas obras nas estradas que eu percorro e por isso há uns dias, farta dos saltos e interrupções na música do CD, desliguei o leitor e fiquei a ouvir rádio. Se não me engano era a Rádio Cidade e fui presenteada com um som que me fez, primeiro abrir a boca em espanto completo, e depois rir à gargalhada da pobre imitação que o negro-cá-do-sitio fez do african-american-do-outro-lado.
Isto tem que ser uma das piores e mais estúpidas "músicas" que passa nas rádios nacionais! E o video então é de morte!!! Fiquem com Gutto, "cantando" Deixa ferver...

A riqueza do poema é de espantar qualquer alminha sensível que por aí vagueie, ora topem lá a letra:

"cheka... Vou fazer o que tu queres
Estou pronto a dar-te o que quiseres
Mas será que estás preparada?
Estás pronta para ficares suada?
Tu tens uma granda vibe
fazes um homem implorar por mais
Oh baby! Tu vais ver
Tu mereces e eu estou aqui para fornecer

Tu queres, eu dou
Quero te enlouquecer
E hoje à noite sei que vai aquecer
Baby deixa ferver
Anda, deixa ferver

Tu queres, eu dou
Quero te enlouquecer
E hoje à noite sei que vai aquecer
Anda faz-me ferver
Baby quero ferver

Não me peças para tentar controlar
Não me peças para não te fazer gritar
Não me interessa se os vizinhos estão a ouvir
Só me interessa o que tu estas a sentir
Não me peças para não te tocar assim
Quando toco tu começas a aquecer
Não tenhas medo de gostar do que gostas
Eu sei que tu és muito mais do que mostras

(Refrão)

Mulher porque é que tu tinhas que ser assim tão boa
Qualquer homem que chegue ao pé de ti fica a toa
Imaginar-te no quarto deitada toda nua
uma vadia na cama, uma senhora na rua
Tu tens carinha de santa mas deves ser perigosa
Não fazes mal a uma mosca mas deves ser gulosa
Quero brincar contigo, deixar-te bem nervosa
Tas tão cheinha, deves tomar a sopinha toda

(Refrão)

Dá-lhe(4x)

Deixa ferver, baby
Quero ferver, ahh
Faz-me ferver, baby
Quero ferver, ahh
Quero ferver, baby
Quero ferver, ye
Anda ferver
Quero ferver

(Refrão)
"

Isto é que é um tesourinho deprimente... E o pior é que parece ter sucesso!
Ela merece e ele vai fornecer... Eu é que não mereço!!! Irra!
Tu queres, eu dou... Bolas! Dá lá mas faz um favor à malta e cala-te um cadinho, sim?!!
E ela é o quê?... Gordinha? Pois, se come a sopinha toda... Mas as miúdas de hoje em dia vão nestas conversas? Ou é uma dica aos putos para engatar: "primeiro dizes-lhe que está gordinha porque come bem e depois... pimba! Ficas logo a ferver!" Quento mais não seja com o par de estalos que ela te prega, se tiver dois dedos de testa!

Minh'alma está parva e meu espírito estupefacto!!!

23 maio 2007

Five About #2

O tema desta vez é Vermelho/Laranja e parece que eu venho inaugurar, mesmo depois de todo este tempo. Vamos a isto:


Ou não estivesse eu no Algarve... As laranjinhas teriam que aparecer! Nos meus percursos diários passo sempre por laranjais, fazem parte da paisagem e as laranjas são imprescindíveis à nossa mesa. O L e o Bé adoram-nas! Eu... Não sou louca por fruta mas também não resisto a uma boa laranja. Normalmente o L faz de cobaia e se ele me disser que é boa, eu como o resto! hihihi


Pronto, aqui não são laranjas, são clementinas... Foi uma maneira gira de enquadrar as unhas vermelhas. Gosto de ter longas unhas e de as manter bonitas, o que nem sempre é possível para quem tem que tratar da loiça todos os dias... É uma das minhas batalhas. :D


Gosto muito de vermelho. De me vestir de vermelho. Dizem que as pessoas que se vestem de vermelho ou têm vermelho como a sua cor preferida são pessoas confiantes e com elevada auto estima... Será?!
Sim, eu sei que estou com cara de má nesta foto, mas que querem?... Apanharam-me de surpresa, mas achei perfeita para este tema! Eu estou de vermelho e o meu mais-que-tudo está de laranja! Ele gosta de cores fortes também.


Não poderia deixar de referir "uma laranja" que tem feito parte da minha vida nos últimos sete anos: A Questdata, empresa onde trabalho. Tenho muito orgulho no que faço, tenho orgulho em pertencer a esta equipa e em ajudar a fazer crescer esta empresa. Quando entrei não era quase nada, não tínhamos clientes e passava a maior parte do dia sozinha no escritório porque o chefe ia "à caça" de clientes, se o telefone tocava... assustava-me! LOL Hoje em dia não temos mãos a medir, o trabalho no arquivo chega-nos em vagas... ora é tanto que não tenho tempo para mais nada, ora... ia dizer que tenho tempos livres, mas na realidade já não tenho! Há sempre alguma coisa para fazer, felizmente, e sempre que reclamo de ter trabalho demais lembro-me de quando não tinha nenhum.


Mais uma constante na minha vida: a casa da minha sogra! :D Todos os fins-de-semana, lá vamos nós, faça chuva ou faça sol, almoçar com ela. É a oportunidade perfeita para deixar o Bé correr e brincar à vontade no quintal, descobrir as flores e os bichinhos, cair e sujar-se... Liberdade!!!
A minha sogra gosta muito de flores, dentro das cores requeridas, estas estavam mesmo à mão lá no quintal. :)

Editado para acrescentar:
E agora desafio-te! Sim! A ti que estás aí a ler (não tens nada melhor para fazer?!) a sacares da tua máquina fotográfica (ou, como eu, do telemóvel) e tirares cinco fotos subordinadas ao tema deste Five About. Ah! Depois avisa a malta, sim? :)

14 maio 2007

Desesperadamente procurando... Paulinha!

Já lá vão muitos anos, amiga, mas as verdadeiras amizades nunca se esquecem. Nunca te esqueço, apesar de não te ver há mais de 10 anos!
Começando pelo princípio... Devíamos ter, quê?... Treze, catorze anos quando nos tornámos inseparáveis? Andávamos na Escola Secundária do Forte da Casa e fizemos o 9º ano duas vezes juntas. Namoravas o Ricardo, lembras-te? O eterno Ricardo... E eu o... e o... Ah! Claro, e o Nelson, o escorpião. O Ricardo não tinha força para ti, limitava-se a deixar-se arrastar pela corrente da tua energia vulcânica.
Éramos inseparáveis. Mais que amigas. Mais que irmãs! Dificilmente terei amado uma amiga como te amo a ti. Sim, o teu lugar permanece ocupado por ti, pela recordação de ti e pela minha culpa em não saber esconder o choque.
Eu explico, para quem não sabe a nossa história. Era uma vez... Não, esta não é uma dessa histórias. Esta é uma história a sério.
Tu eras uma miúda muito inteligente, decidida, teimosa (pelo menos tanto quanto eu), muito senhora do teu nariz. Ninguém acreditaria que um dia seria possível alguém te cilindrar. Tinhas ideias bem fundamentadas e fixas acerca dos grandes assuntos que nos dizem respeito na adolescência: a única concessão que fazias às drogas era o tabaco (ambas fumávamos), não havia um amigo que não pudesse contar contigo para o que desse e o que viesse, compadecias-te em especial dos mais sofredores. Tinhas um sentido de justiça e de lealdade a qualquer prova e acreditavas em todos os direitos: os das crianças, os das mulheres, os dos homens, o da igualdade e que só se poderia fazer o que está certo pois quem escolhe o caminho mais fácil é um fraco que pouco ou nada merece.
Sempre te chamei Paulinha. Na tua família chamavam-te Xana, mas para mim eras Paulinha (ou ‘mor)... Compreende-se porque eu sempre fui enorme e tu pequenita, devíamos ter uns 20 cm de diferença de alturas ou mais.
Eras tu e eu. Éramos nós duas sempre indivisíveis enquanto atravessávamos os anos vividos e os escolares. Se estava uma a outra não poderia andar longe. Escolhemos os nomes dos nossos futuros filhos e prometemos ser as madrinhas de casamento uma da outra. Fizémos juntas (duas vezes) o 9º ano, o 10º e o 11º, com aquela professora de francês horrível que te adorava acima de qualquer outro, lembras-te? Hehehe Por esta altura teríamos, 17 anos? Foi quando os teus pais se separaram. Ele saiu de casa e a tua mãe perdeu a cabeça... e perdeu-te a ti que por causa disso foste morar com ele. Grande erro! Ela, a outra, tinha também um filho pequeno e sentiste-te sempre protelada. Eras tu quem fazia as tarefas domésticas e mantinhas a casa. Foste para longe de mim... O Monte da Caparica era longíssimo para nós mas nunca deixámos de nos telefonar.
Um dia, a novidade: “Deixei a escola. Arranjei trabalho numa loja na Baixa.” Cheguei a ir lá ter contigo, lembras-te? Um cubículozinho cheio de marroquinaria até ao tecto onde te vi feliz. Estavas apaixonada! E por quem? Pelo dono da loja que devia ter uns 20 anos a mais que tu. Mas estavas feliz como não te via há muito tempo e tiveste resposta para todas as minhas dúvidas e perguntas.
Algum tempo depois fizeste os 18 anos.
Mais uns dias e o teu pai bateu-te com um cinto. Foi a última vez. Foi quando comecei a admirar o teu namorado que não permitiu mais essa barbárie e te levou para casa dele.
Oh! Foste muito feliz com ele por uns meses! Via-se na tua cara, no teu olhar... E voltaste para mais perto de mim, estavas agora a morar no Prior Velho, se não me engano. Sabes que a memória nunca foi o meu forte... Fui visitar-te na tua nova casa, mostraste-me, feliz, todas as novas aquisições para o ninho: electrodomésticos, quadros, roupas de casa, etc... Fiquei feliz por te ver feliz, finalmente. Falámos em voltares a falar com a tua mãe, mas ainda havia muita amargura, muita mágoa... E sempre foste orgulhosa, também!
Sim, fiquei feliz, mas também preocupada com outras coisas que me contaste... O divórcio dele que ainda não tinha saído, um filha pouco mais nova que tu, e uma saúde pouco estável num homem de 40 e poucos anos cuja vida passou por muitas borgas e muitos excessos.
Feliz por te ver feliz... Ias tirar a carta, não era? Estavas segura e contente e eu fui para casa com o coração mais leve por ti.
Não durou muito tempo a tua felicidade. Uma noite, um ataque de asma levou-te o amor e tirou-te o tapete debaixo dos pés. Telefonaste-me lavada em lágrimas já depois de tudo ter terminado, depois de teres que ficar a observar impotente enquanto a “legítima mulher” ficava com a tua casa, todas as coisas que vocês compraram juntos, a loja e a vida... Ela vingou-se por ter sido trocada por uma miúda e tu saíste apenas com a tua roupa. Nessa altura eu já estava no Algarve, já tinha entrado para a universidade e fiquei contente quando me disseste que estavas a viver em Albufeira, que uns amigos dele te tinham arranjado emprego e casa cá em baixo.
Na altura eu era capaz de percorrer Faro inteira a pé, mas nunca tinha saído da cidade onde estudava. Albufeira parecia quase inatingível, mas fiz tudo o que podia para ir ter contigo e passámos um dia fantástico juntas. Quem diria que eu viria a morar em Albufeira, não muito longe da loja onde trabalhavas nessa altura?! Ainda hoje sei qual é a rua da loja e sempre que lá passo procuro em vão aquilo que melhor me recordo dela: os quadrados de vidro no chão. Devem ter feito obras. Nessa rua não há nenhuma loja com quadrados de vidro no chão e de resto, todas estas lojas são idênticas: as mesmas t-shirts garridas, a marroquinaria para atrair o turista, os insufláveis à porta...
Foi a última vez que te vi. Se não estou em erro, estávamos em 1995 ou início de 1996.
Estavas magra e deprimida. Achavas que o fantasma dele andava atrás de ti e havia alguém a aproveitar-se dessa tua fragilidade. Não consegui fazer nada por ti e lamento-o. Eras obstinada, sempre foste.
A vida continua.
Perdemos contacto nem sei como. Deixaste de trabalhar na tal loja. Ninguém me soube falar de ti.
Life goes on...
Continuei o curso, mas não por muito mais anos. Não cheguei a acabá-lo, sabias?
Conheci o meu futuro marido. Ias gostar dele. Fazia o “nosso tipo”. Era motoqueiro, independente, forte de corpo e de espírito. Saíamos muito, todas as noites se nos apetecesse! Do dia um de Janeiro de 1999 ele pediu-me em casamento! Oh! Eu estava tão feliz! Falei primeiro com a minha mãe, claro, e ela contou ao meu pai. Nesse dia lembrei-me de ti. Foram os únicos momentos menos felizes desse dia: pensar onde estaria a minha madrinha de casamento. Pensar que teria que escolher outra pessoa!
Meses depois aconteceu o meu grande erro. Aquele pelo qual não me perdoo.
Estávamos, eu e o L, no café onde se reunia a malta toda antes de partir para os bares, devia ser uma sexta-feira ou um sábado à noite. O L tinha-me oferecido um telemóvel algum tempo antes e ele tocou. Pensei que fosse a minha mãe mas não conheci o número. Não conseguia ouvir dentro do café com a barulheira que havia e vim cá para fora. Agora que penso nisso, devíamos estar no início da primavera... estava vento e um pouco de frio.
“Sou eu, a Paula” disseste tu. “Paula? Paulinha?!!” Eu nem queria acreditar! Estava tão feliz por te ouvir! Andavas a arrumar papéis velhos e encontraste o n.º de telefone de casa dos meus pais. Felizmente resolveste ligar e a minha mãe deu-te o meu n.º de telemóvel! Que saudades que eu tenho de ti! Que falta me fazes! Contei-te tudo, resumidamente e disse-te, claro que o “lugar” de madrinha era teu se assim o quisesses. Eu mantenho as minhas promessas.
Depois foi a tua vez... Estavas em Setúbal, não sabias se ias poder ir ao meu casamento por causa do teu marido? Namorado? Não me lembro o que ele era. Temos dois bares, um de praia onde eu estou de dia e outro onde “tenho umas miúdas a alternar”. Foi aqui que cometi o meu grande erro. Foi aqui que te perdi. Eu era demasiado inocente, demasiado púdica, demasiado ignorante e para mim “alternar” e “prostituir” era exactamente a mesma coisa. E até pode ser, mas eu tenho este grande defeito de ser genuína, de não saber fingir ou esconder... e não consegui esconder o choque que estas tuas palavras causaram em mim. Não tive tempo de me explicar, tu percebeste pela minha voz. Explico-te aqui e agora, tantos anos depois... Acho que fiquei menos chocada com o que disseste do que o caminho que te imaginei percorrer até chegares ali. Imaginar que serias tu a “alternar”, tu a sofrer às mãos de homens a indignidade que não suportarias uns anos antes para qualquer outra mulher. A tua frieza quando me disseste que não te enganariam uma segunda vez e que ele poria ou já tinha posto um dos bares no teu nome... A tua insistência naquela expressão “umas miúdas a alternar” para te certificares do que provocavas em mim.
Despedímo-nos alegremente, disseste que ias falar com ele para vires ao meu casamento. Eu queria lá saber dele ou das miúdas ou do raio que o parta! Era muito importante para mim ter-te lá... Era tão importante ver-te lá...
E foi a última vez que ouvi o amado som da tua voz. Tu sabias. Sentiste que eu não estava preparada para esse teu novo mundo. O teu número de telefone nunca mais funcionou. Procurei-te em listas telefónicas, na net e de todas as formas que pude.
Perdi-te.

Procuro-te ainda. Recordo-me de ti no dia do teu aniversário, que foi há tão pouco tempo (no dia 3). Vens-me à mente esporadicamente e sem motivos aparentes várias vezes por mês ou por ano.
Vinha hoje a conduzir e a pensar em ti quando de repente a minha memória desbloqueou aquele primeiro apelido de que não me recordava há anos! Sabíamos os nossos nomes completos de cor... tantos anos passados sentadas lado a lado nas secretárias da escola. Aquele apelido, o da tua mãe que deixaste de escrever quando te zangaste com ela... Ribeiro! É Ribeiro não é?
Ana Cristina Pedro de Pinho
Procura desesperadamente
Paula Alexandra Ribeiro Lopes
Se por um feliz acaso do destino leres isto, o meu número de telemóvel é o mesmo, mas também me podes contactar por e-mail.
Perdi-te.
Não te consigo encontrar.
Por favor, encontra-me!

08 maio 2007

New Look

Já há algum tempo que andava cansada do aspecto do blog...
Hoje descobri este site fantástico de templates para o Blogger e que até já tem templates para o novo Blogger.
Não resisti! Digam lá se não está lindooo!!!
LOL

06 maio 2007

Dia da Mãe

Este texto foi recebido por e-mail já há algum tempo... Ainda assim, apropriei-me dele e fiz algumas alterações para que se adptasse melhor à minha realidade e é com ele que agradeço à minha Mãe tudo o que ela fez por mim, e nem um terço disso está aqui neste texto!

Eu amei-os o suficiente para ter perguntado a onde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu amei-os o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia para vocês.
(...)
Eu amei-os o suficiente para ter ficado de pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em menos de quinze minutos.
Eu amei-os o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu amei-os o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalidades era tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu amei-os o suficiente para dizer-vos não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Eu contente, venci ... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se a tua mãe era má, os meus filhos irão dizer-lhes: Sim, a minha mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...

As outras crianças comiam doces no café e eu tinha que comer cereais com leite.
As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e gelados ao almoço e eu tinha que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-me a jantar à mesa, muito diferente das outras mães, que deixavam os filhos comer em frente à televisão.
Ela insistia em saber onde eu estava a toda a hora (...). Era uma prisão.
A minha mãe tinha que saber quem eram os meus amigos e o que eu fazia com eles.
Insistia que lhe dissesse com quem ia sair, mesmo que demorasse apenas uma hora ou menos.
Eu tinha vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Eu tinha que tirar a loiça da mesa, arrumar o meu quarto, esvaziar o lixo e fazer todo o tipo de trabalho que achava desumano. Eu acho que ela nem dormia à noite, só para pensar em coisas para me mandar fazer no dia seguinte.
Ela insistia sempre comigo para que lhe dizer sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando eu era adolescentes, ela conseguia até ler os meus pensamentos.
A minha vida era realmente secante.
Ela não deixava os meus amigos buzinarem quando saía à noite, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com quinze anos, tive de esperar pelos dezoito para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava-se para saber se a festa tinha sido boa (só para ver como estava ao voltar).
Por causa da minha mãe, eu perdi imensas experiências na adolescência:

Nunca estive envolvida com drogas, em roubos, actos de vandalismo, violação de propriedade, nem nunca fui presa por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA.

Agora que já somos adultos, honestos, educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos pais maus, como a minha mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más.



Obrigada Mãe! És uma excelente Mãe má!

Por favor, continua a ser má para mim!

(prometo que vou procurar uma foto melhor!)