06 maio 2007

Dia da Mãe

Este texto foi recebido por e-mail já há algum tempo... Ainda assim, apropriei-me dele e fiz algumas alterações para que se adptasse melhor à minha realidade e é com ele que agradeço à minha Mãe tudo o que ela fez por mim, e nem um terço disso está aqui neste texto!

Eu amei-os o suficiente para ter perguntado a onde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu amei-os o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia para vocês.
(...)
Eu amei-os o suficiente para ter ficado de pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em menos de quinze minutos.
Eu amei-os o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu amei-os o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalidades era tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu amei-os o suficiente para dizer-vos não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Eu contente, venci ... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se a tua mãe era má, os meus filhos irão dizer-lhes: Sim, a minha mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...

As outras crianças comiam doces no café e eu tinha que comer cereais com leite.
As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e gelados ao almoço e eu tinha que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-me a jantar à mesa, muito diferente das outras mães, que deixavam os filhos comer em frente à televisão.
Ela insistia em saber onde eu estava a toda a hora (...). Era uma prisão.
A minha mãe tinha que saber quem eram os meus amigos e o que eu fazia com eles.
Insistia que lhe dissesse com quem ia sair, mesmo que demorasse apenas uma hora ou menos.
Eu tinha vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Eu tinha que tirar a loiça da mesa, arrumar o meu quarto, esvaziar o lixo e fazer todo o tipo de trabalho que achava desumano. Eu acho que ela nem dormia à noite, só para pensar em coisas para me mandar fazer no dia seguinte.
Ela insistia sempre comigo para que lhe dizer sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando eu era adolescentes, ela conseguia até ler os meus pensamentos.
A minha vida era realmente secante.
Ela não deixava os meus amigos buzinarem quando saía à noite, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com quinze anos, tive de esperar pelos dezoito para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava-se para saber se a festa tinha sido boa (só para ver como estava ao voltar).
Por causa da minha mãe, eu perdi imensas experiências na adolescência:

Nunca estive envolvida com drogas, em roubos, actos de vandalismo, violação de propriedade, nem nunca fui presa por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA.

Agora que já somos adultos, honestos, educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos pais maus, como a minha mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más.



Obrigada Mãe! És uma excelente Mãe má!

Por favor, continua a ser má para mim!

(prometo que vou procurar uma foto melhor!)


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